22.2.06

Um lugar ao sol -

Eu não sei se você se pergunta qual o sentido da vida, ou por que razão você está onde está e faz o que faz, ou pelo que está lutando. Cada dia mais, a ganância, a frivolidade, o egoísmo e a falta de caráter parecem permear nossos mundos, nossas relações e nosso cotidiano.

A busca por nosso lugar ao sol é um incessante redescobrir-se, um eterno questionar-se; é compreender o que nos move, o que nos alimenta; é olhar para o lado e entender quem nos rodeia; é perdoar, trocar, crescer juntos; é acalmar nossos anseios e dar espaço para o nosso verdadeiro EU.

Na correria do dia-a-dia, buscamos ser aceitos, fazer certo, ser os melhores. Mas sob que olhar, que conceitos, que significados e padrões interiorizados classificamos o nosso próprio “estar correto”? Quantas vezes nos disseram ou ouvimos algo que passamos a acreditar ser uma “regra de conduta”?

Para encontrar nosso lugar ao sol, precisamos conceber novos padrões, novas formas de ver o mundo, novas maneiras de ter alegria. Precisamos deixar o que o mundo quer de nós de lado e descobrir a chama que nos dá energia e nos faz ter vontade de continuar. Precisamos saber o que queremos e o não queremos em nossas vidas. Sem medos, sem culpas, sem bloqueios, sem certos e errados.

Mas com muito, muito amor no coração e o impulso de sempre fazer o bem. Seja para nós mesmos, ou para aqueles com quem convivemos.

Como achar o caminho? Fazendo diferente. Ousando. Inventando. Testando. Reaprendendo.

Nunca saberemos tudo. Não somos os “donos da razão”. No mundo, há muitas “verdades”, muitos caminhos, muitas opções. Podemos ter, ir, ser, aquilo que quisermos. Djavan cantou: “(...) só quem faz tem. Já que nasceu, vai fundo e tudo bem. Você nasceu pra tudo o que é seu. Nem queira saber o quanto você tem. Você é, você quer, você pode e, se não se render, chega lá!”.

Acho que é isso. Apesar dos contra-tempos, da hipocrisia, da falsidade, dos medos, conseguir ir mais além; dar um passo maior do que acostumamos; nos permitir mais do que acreditamos. Enfim, ter a certeza de que cada semente plantada vai gerar, a seu tempo, o fruto que cultivamos. E a felicidade? É só conseqüência.