5.3.06

Ai que dor! -

Nós sentimos diversos tipos de dor. A dor de uma queda, de um esbarrão, de um acidente; de frio, de fome; da perda, da saudade, da tristeza; da angústia, da falta de fé. E podemos lidar com as dores de diversas maneiras, dependendo de como as encaramos. Você sabe como lida com as dores da sua vida?

Você pode ver uma doença como um castigo, algo incapacitante, ou como um sinal de que algo não está funcionando adequadamente, está errado.

Você pode ver um acidente como falta de sorte, ou mesmo colocar a culpa em algo ou alguém envolvido. Mas também pode perceber que andava distraído, nervoso, desequilibrado. Claro que, muitas vezes, as coisas acontecem independentemente da nossa vontade. Entretanto, isso é um motivo para ampliarmos nossa dor, nossa descrença e nossa raiva?

Acredito que muitos de nós fazemos nossos sofrimentos maiores do que eles realmente são. Ao sentirmos frio, fome, ou dor, podemos ter consciência da causa do mal-estar e não dar maior importância ao fato, buscando, simplesmente, sua solução. Ou podemos ficar reclamando, focando toda a nossa atenção no problema e fazendo dele motivo de irritação e sofrimento.

Um amigo me disse: "Há uma grande diferença em sentir o frio e sentir frio". Eu concordo com ele. Dor não é sinônimo de sofrimento.

Quando estamos tristes, carentes, desconsolados, só percebemos nosso próprio mundinho, nosso "grande sofrimento". Mas será que o motivo do sofrimento é tão grande assim? Pare e pense. Será que dando um passo atrás (buscando a verdadeira causa do problema) e um passo para o lado (mudando o enfoque sob o qual vemos o problema), ele não terá outro significado para nós? Um exemplo: você está com raiva de alguém, por algo que essa pessoa lhe disse ou fez. Tente compreender os motivos dessa pessoa e descobrir em qual dos SEUS pontos fracos ela pisou. Será que essa análise não lhe deixará mais calmo? Não diminuirá a "dor" e o "sofrimento"?

Temos muitas coisas mal resolvidas dentro de nosso sub-consciente - fatos, frases, emoções. E elas atuam diretamente sobre nosso presente - ações, falas, sentimentos. Talvez de forma muito mais forte do que supomos.

Entender a dor e encará-la somente, e exatamente, com a intensidade que ela tem (sem agregar medos, concepções e traumas) pode nos ajudar a viver com mais tranquilidade e paz. Não torne as coisas mais complicadas e difíceis do que elas realmente são.

Simplifique. Esqueça. Viva o agora. Pode ter certeza: é mais fácil ser feliz assim!

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito legal sua última crônica amiga , sabes que continuas sendo muito importante pra nós , sempre com suas mensagens lindas !
Bjs e muito sucesso !