12.1.05

Será que é amor? -

Você já percebeu como algumas pessoas parecem ter mais sorte do que outras quando se fala de amor? Tem gente que encontra o companheiro ideal ainda na adolescência, namora sete anos, noiva, casa e vive o resto da vida com a pessoa. Outras precisam passar por diversas experiências, buscar comportamentos perfeitos, se apaixonar diversas vezes e, mesmo assim, essa pessoa maravilhosa parece estar cada dia mais distante.

E essa é a pergunta: por que essas pessoas aparecem nas nossas vidas, se elas não vão ficar com a gente? Acho que cada uma tem algo a nos ensinar. Cada uma tem algo a nos acrescentar, a nos fazer refletir, conceitos a questionar, padrões a romper. Talvez surjam para nos dizer que é bom receber carinho, mas cada um precisa do seu espaço. Talvez para testar nossos limites, mostrando até onde podemos ir. Talvez para nos fazer ver que não somos perfeitos, mas temos muitas qualidades. Talvez precisem nos provar que podemos e precisamos ser úteis para alguém. Talvez, ainda, sejam só uma companhia num momento de solidão. Ou até venham para nos fazer valorizar um pouco mais o amor.

Talvez seja a pessoa certa na hora errada. E se chegou na hora errada, ela ainda não era a certa. Talvez seja uma grande paixão. Talvez um bom amigo. Ou apenas uma imagem do que consideramos perfeito. Porque, muitas vezes, o quê precisamos, não é o quê desejamos. Talvez essa pessoa apareça num momento de mudança e seja a base forte que vai nos sustentar. Talvez surja num momento de certezas e precise ser sustentada por nós. Talvez venha para nos dar alegria. Talvez não. Talvez ela seja um lampejo de esperança, a nos dizer que ainda existem muitas pessoas interessantes por aí.

E essas pessoas sempre marcam. De jeitos diferentes, com sentimentos diferentes, em intensidades diferentes. Mas marcam. E nenhuma diminui a importância da outra, pois são, simplesmente, diferentes. Cabe a nós não procurar, em uma, o que tivemos com a outra. Cabe a nós entender que não existe ninguém perfeito, mas existe alguém que quer o mesmo que nós. E é para essa pessoa que precisamos estar abertos, deixando de lado medos, inseguranças, expectativas. Porque quando ela aparecer, não vamos poder exigir dela mais do ela pode nos dar, mais do ela quer nos dar, ou mais do ela sabe dar. Teremos de aceitá-la com seus defeitos, seus medos, suas manias. E o que pode fazer esse relacionamento dar certo é simples: amar o outro por quem ele realmente é.

Um comentário:

Bonassoli disse...

Outra da série "previsões". ;)

Incrível como me passou despercebida anteriormente. Boa parte destas palavras vai comigo. Só discordo da "pessoa certa na hora errada não ser a certa".